Dia: 16 de junho de 2022

  • CEPAC participa da 6ª Mostra de Teatro do Velho Chico com a peça Dona Lixonilda

    CEPAC participa da 6ª Mostra de Teatro do Velho Chico com a peça Dona Lixonilda

    Depois de tanto tempo distantes devido à pandemia, o teatro volta a ser presente e nos convoca a ocupar novamente os espaços que estavam revestidos cenograficamente de “vazios”, com temas nada empoeirados e propostas que se revelaram verdadeiros elefantes brancos na sala de estar, provocando o público a permanecer ao mesmo tempo em que transmuta e ressignifica seus próprios comportamentos.

    A 6ª Mostra de Teatro do Velho Chico aconteceu na semana passada, entre os dias 06 e 12 de junho na cidade de Ibiassucê-Ba e contou com uma programação diversa e potente, com quinze espetáculos teatrais, duas cenas curtas, três performances e uma intervenção urbana, além da exibição de um filme documentário, 03 vídeo-performances e a instalação de uma foto-performance. Sua programação macro, iniciada em 05 de maio, contou com diversas atividades virtuais e presenciais.

    Na ocasião estiveram presentes, com apresentações solo, os artistas: Ruth Guimarães de Brasília-DF; Ananias Serranegra e Vânia Nogueira de Ibotirama-BA; Milla Suzart de Serra do Ramalho-BA e; Bruna Carvalho de Caetité-BA. Também estiveram presentes os grupos teatrais: Cia Trakinus de São Desidério-BA; Teatro Popular de Ilhéus de Ilhéus-BA; Shicó do Mamulengo de Açaí-RN; Cia de Teatro Mistura e Offcena X de Ibotirama-BA; Finos Trapos de Salvador-BA; Coletivo Dupla de Dois, Cia Ôcotô e a Trupe dos Dobradores de Arte de Caetité-BA; Cia Teatral Carona de Caculé-BA; Lamparinas do Sertão de Seabra-BA; Cia Teatrando de Barreiras-BA; Cia Ká Entre Nós de Macaúbas-BA; A Secreta Cia de Teatro de Ibiassucê-BA; e CEPAC – Companhia de Experimentação e Pesquisa em Arte e Cultura de Luís Eduardo Magalhães-BA.

    A CEPAC levou para a mostra o espetáculo Dona Lixonilda, que foi apresentado na última quarta-feira (08), com entrada gratuita, na Casa de Cultura – Casarão/Sobrado e teve seus ingressos esgotados, lotando os 200 lugares disponíveis. A plateia foi composta de artistas de teatro e cidadãos ibiassucenses.

    O intercâmbio cultural promovido foi de uma riqueza imensurável, com trocas de experiências significativas, debates produtivos e relações firmadas, a Cia agradece à Rede de Teatro do Velho Chico pela oportunidade em nome de Gilberto Morais, diretor geral da mostra.

    Os integrantes da CEPAC participaram ainda do 1º Colóquio de mostras e festivais de teatro baiano com os programadores Paulo Atto do Festival Internacional de Teatro da Caatinga, Luís Alonso do FLITE – Festival Latino-americano de Teatro da Bahia, Fabio Nascimento da Palhaceata de Ilhéus, Felipe Assis do Festival de Artes Cênicas da Bahia (FIAC), Kawzão da Rede Cênica e Cultural da Bahia e Juarez Oliveira do Festival de Teatro do Caroá.

    E as boas notícias não param por aí, a biblioteca da CEPAC recebeu carinhosamente um exemplar do livro “Casa dos A-Voz, meu alpendre de poesia” do ator, poeta e dramaturgo Ananias Serranegra, e dois exemplares do livro “O Circo Caraminholas do Sul – e o mistério do livro secreto” da atriz, palhaça, escritora, figurinista e contadora de histórias Tally Gaia. A atriz e escritora da CEPAC Hulle Horranna também fez a doação de seu livro “Peças de um quebra-cabeça que não dá pra montar” para os artistas que participaram do lançamento, para a biblioteca da Rede de Teatro do Velho Chico e para os grupos teatrais ali presentes, um momento lindo e emocionante.

    A Companhia teve vários insights a partir das provocações causadas na mostra e garante que em breve seu público terá novidades.

    É importante ressaltar o quanto é significativo ter um grupo representando sua cidade em eventos que celebram a arte e a cultura, geram renda para diversos setores da economia e instigam o turismo na cidade em que a mostra é sediada, e isso só é possível através de políticas públicas e iniciativas privadas que valorizem e resgatem a dignidade do artista. Assim, agradecemos a Secretaria de Cultura e Esporte de Luís Eduardo Magalhães, na pessoa de Vânia Cenci, Secretária Municipal, por disponibilizar uma van para o transporte dos integrantes da CEPAC e de toda a cenografia do espetáculo. Também agradecemos a Galvani, que é a patrocinadora oficial da peça Dona Lixonilda que estará em circulação durante o resto do ano nas escolas de Luís Eduardo Magalhães e região.

    Conheceu o projeto e tem interesse em saber como contribuir ou em como levar para a sua cidade? Entre em contato, (77) 9 8888-6978.

    A próxima Mostra de Teatro do Velho Chico acontecerá em Macaúbas-BA e nós já estamos ansiosos para viver mais essa experiência.

    SOBRE A PEÇA

    A peça propõe uma reflexão sobre as escolhas dos seres humanos em relação ao seu modo de vida, ao consumo excessivo que gera uma grande quantidade de lixo e sobre como a sociedade lida com isso. Mais que refletir, Dona Lixonilda é uma peça que chama para a ação, convidando o público presente a se comprometer em fazer a sua parte.

    SOBRE A CEPAC

    Em atuação na cidade de Luís Eduardo Magalhães há 11 anos experimentando e pesquisando nas artes cênicas, na literatura, na música, no audiovisual e nas artes visuais, a CEPAC carrega em sua bagagem um vasto portfólio artístico composto por trabalhos que prezam pela qualidade artística, garantem a dignidade do artista e reafirmam nosso respeito ao público. Vivenciar por meio da experimentação é a forma adotada pela companhia de se relacionar com o meio – público, espaço e a arte.

    SOBRE A REDE DE TEATRO DO VELHO CHICO

    A REDE surge no mês de agosto de 2014, durante a VI Conferência Territorial de Cultura do Território Velho Chico. E assim nasce o sentimento que se tornou ação, REDE de Teatro do Velho Chico, reivindicado pelos artistas das artes cênicas, produtores, fazedores de artes e ribeirinhos do Velho Chico, que preocupados com a situação do teatro no interior da Bahia e com toda sorte de dificuldades e incertezas, arregaçaram as mangas e criaram primeiramente um movimento e durante o seu processo se torna rede. No início eram apenas 08 municípios diretamente envolvidos com grupos de teatro de outros territórios (Velho Chico, Bacia do Rio Grande e Irecê) envolvidos no processo de difusão, formação e intercâmbio. E a partir dali já foram criados e-mails e blogs, páginas nas redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, com objetivo de compartilhar informações e formações de atividades que integram e facilitam o intercâmbio das ações entre os grupos de teatro pela região.